Setembro Amarelo: a importância de falar sobre prevenção ao suicídio

726 10/09/2022

Setembro Amarelo: a importância de falar sobre prevenção ao suicídio

 

O DataSus divulgou dados preocupantes, que acenderam o alerta: nos últimos 20 anos, o número de suicídios subiu de 7 mil casos para 14 mil, o que representa um aumento de mais de 50%. Nesse cenário, a saúde mental ganhou espaço em organizações, escolas e universidades, uma vez que o número supera as mortes causadas por acidente de trânsito, por exemplo. 

De acordo com Organização Mundial de Saúde, o número de casos de transtornos de ansiedade aumentou 25,6% e os de depressão 27,6% em 2020 no mundo. A entidade atribui transtornos mentais como possível causa. 

 

O que é o Setembro Amarelo 

 

A Campanha Setembro Amarelo é realizada todos os anos para a Prevenção ao Suicídio, segunda maior causa de mortes entre jovens de 18 a 29 anos de idade, de acordo com Dados da Organização Mundial de Saúde.  

O Movimento ganhou força no Brasil em 2015, mas é discutido em todo o mundo desde 2003. As primeiras atividades aconteceram em Brasília, entretanto já no ano seguinte todas as regiões do País aderiram e participaram de atos em prol da saúde mental. 

 

Como identificar pessoas que necessitam de ajuda 

 

A Organização Mundial de Saúde divulgou um relatório em 2012 que relata que no mundo os casos de suicídio acontecem a cada 40 segundos. No Brasil, esse número sobe para 1 minuto e 42 segundos. Além disso, a entidade atribui transtornos mentais como causa que podem influenciar o ato. 

Portanto, se uma pessoa próxima a você apresenta comportamentos depressivos, é importante procurar ajuda profissional. Os principais transtornos associados ao suicídio são: 

 

  • depressão ou transtorno bipolar; 
  • morte de uma pessoa querida; 
  • trauma emocional; 
  • desemprego ou problemas financeiros; 
  • algum membro da família que cometeu suicídio; 
  • histórico de negligência ou abuso na infância 
  • não aceitação do envelhecimento; 
  • término de relacionamentos; 
  • não aceitação da orientação sexual ou identidade de gênero; 
  • dependência de drogas ou álcool. 

 

Como ajudar? 

 

Para ajudar, algumas ações são fundamentais, como: 

  

  • ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo; 
  • ser afetuoso e dar o apoio necessário; 
  • levar a situação a sério e verificar o grau de risco; 
  • perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores; 
  • explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional; 
  • conversar com a família e amigos imediatamente; 
  • remover os meios para o suicídio em casos de grande risco; 
  • contar a outras pessoas, conseguir ajuda; 
  • permanecer ao lado da pessoa com o transtorno; 
  • procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles; 
  • aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento; 
  • demonstrar preocupação e cuidado constante. 

 

Lembre-se de incentivar a busca por um profissional de saúde mental. 

 

Procure Ajuda 

 

O apoio profissional pode ser muito importante para superar uma fase difícil ou receber o diagnóstico correto para um tratamento efetivo. Por mais complicada que seja a situação, há sempre uma saída. 

O Centro de Valorização da Vida (CVV) trabalha para oferecer suporte emocional e realizar a prevenção do suicídio e oferece atendimento gratuito. Ainda assim, outras opções de tratamento psicológico são ofertadas, incluindo clínicas-escolas, que podem ser contatados pela comunidade a qualquer momento, entre eles:  

 

  • Universidade Positivo 
  • Universidade Federal do Paraná 
  • Universidade Tuiuti do Paraná 
  • Pontifica Universidade Católica do Paraná 
  • FAE 
  • Uniandrade  
  • Centro Universitário Dom Bosco 
  • Unicesumar